quinta-feira, 31 de maio de 2007

OCUPAÇÃO NA REITORIA DA UFAL





Recebido por e mail
Nesta segunda-feira (28/05) o presidente da União Nacional dos Estudantes (Une), Gustavo Petta, passou por um constrangimento público na Universidade Federal de Alagoas (Ufal) e viu o quão desgastado está seu discurso político (reformista e fajuto) com a base do Movimento Estudantil (ME).

Enquanto a Frente Contra a Reforma Universitária e Movimentos Sociais ocupam o gabinete da reitoria da Ufal lutando pela inserção dos trabalhadores rurais na universidade, por mais verbas para a assistência estudantil e contra a reforma universitária do governo Lula, o DCE/UFAL, dirigido por PT e UJS, não constrói a luta e tenta dividir o ME, trazendo Gustavo Petta para entregar à reitoria uma pauta de reivindicações do ME (?) sem nenhuma discussão com a base da Ufal e ignorando a legitimidade da luta do Movimento de Ocupação da reitoria, que é apoiado pela maioria dos Centros e Diretórios Acadêmicos da Ufal.

Gustavo Petta tinha palestra marcada para o auditório da reitoria onde iria expor um histórico dos 70 anos da UNE, mas ao chegar lá e receber como “cortesia” as vaias dos centenas de ocupantes pelas janelas do prédio da reitoria, ele e a diretoria (pelega) do DCE fugiram em busca de um outro espaço para fazer o debate. Momentos depois, quando ninguém sabia para onde ele foi, eis que Petta foi localizado: sem público e descredibilizado, numa pequena sala de aula na biblioteca, com cerca de 20 pessoas de sua própria "base", lá estava o debate promovido pelo DCE/UFAL.

Do outro lado da universidade, a reitoria ocupada com centenas de estudantes, provava que o ME estava vivo na Ufal, mesmo que a revelia da direção do DCE... Enquanto Petta falava, cerca de 70 estudantes entraram na sala e ele silenciou, apavorado com a força da oposição que viria... E o que iniciou o ato contra a diretor da UNE foram as palavras: “Enquanto o pelego está calado: Gustavo Petta, cara-de-pau, capacho do governo federal!”. Diante das palavras de ordem que se sucederam, contra as reformas neoliberais, contra o governo Lula e contra a burocratização estudantil que a UNE representa, Petta nada pôde fazer se não silenciar.

Após intervenção em denuncia do papel da UNE em representar o governo Lula e não mais os estudantes e que o ME está sendo feito na ocupação da reitoria e não lá naquela salinha, os estudantes se retiraram da sala e Petta ficou desconcertado.

A imprensa, que estava na sala no momento da entrada dos estudantes, cobriu toda a mobilização. Assim como os estudantes fizeram uma gravação que estamos disponibilizando no YouTube no link:
Veja também o Blog da Ocupação da reitoria:

A UNE NÃO FALA EM NOSSO NOME!

segunda-feira, 28 de maio de 2007

COMUNICADO À SOCIEDADE

Sobre a ocupação da reitoria da USP
recebido por e mail


São Paulo, 21 de maio de 2007 Os estudantes da USP que ocupam a reitoria desde o dia 03/05, reunidos em plenária, decidiram vir a público prestar esclarecimentos com relação às informações veiculadas na imprensa sobre o movimento, assim como nossas resoluções sobre as reuniões propostas pela reitoria e a Polícia Militar.

Nosso movimento defende a educação pública contra os ataques do governador José Serra e a conivência das reitorias das Universidades Estaduais paulistas. É por isso que somos contra os decretos assinados pelo governador no início deste ano, que ferem não somente a autonomia de gestão financeira, mas principalmente comprometem o caráter reflexivo e crítico que deve caracterizar ensino, pesquisa e extensão, na medida em que privilegiam as “pesquisas operacionais” - aquelas que favorecem o lucro privado em detrimento dos interesses da maioria da população. Exemplo claro disto é a alocação da FAPESP na Secretaria de Desenvolvimento, separada das Universidades. Reiteramos que estes decretos vieram agravar o processo de sucateamento da educação pública, já manifestado nos vetos ao aumento de verbas para as Universidades. Ocupamos a reitoria em protesto contra seu silêncio e omissão, para sermos escutados e abrirmos o debate com a sociedade.

Fomos acusados de “vândalos” e “violentos” por termos danificado uma porta. Violentos não seriam os governos que impedem a maioria da população de ter acesso à Universidade Pública, que é elitista e racista por responsabilidade dos mesmos que hoje nos criminalizam? Violentos não seriam os que têm punido juridicamente manifestações políticas, como esta ocupação? Violentos não seriam os que destroem a educação pública e reprimem os que querem defendê-la? Violenta não seria a polícia que reprime, dia a dia, a população pobre, negra, os trabalhadores e os movimentos sociais? Frente a toda essa violência, uma porta não é nada. José Serra nos chamou de “mentirosos e desinformados” e declarou que a autonomia não foi ferida. É um ataque lamentável, como os que ele mesmo desfere contra o ensino público e que devem ser repudiados pela população. A respeito da gestão das verbas da Universidade, Pinotti em entrevista à Folha de S. Paulo declarou: “Suponha que haja um remanejamento maluco. Cabe ao governador dizer não.” Isso fere claramente a autonomia, pois deixa a critério do governo o que é “maluco”. E sabemos que “maluco” para eles é investir na Universidade Pública, gratuita e de qualidade.

É falsa a afirmação de que somos contra a transparência das contas da Universidade. Defendemos a publicização de toda a movimentação financeira interna da Universidade, o que também deve incluir as contas das fundações de direito privado, que usurpam o dinheiro e a estrutura da Universidade Pública para beneficiar um punhado de grandes empresas privadas e a burocracia acadêmica. Porém, a mera prestação de contas é insuficiente. A USP já disponibiliza os dados de seus gastos para a toda a população na internet. O Siafem (Sistema Estadual de Controle e Registro de Gastos), ao contrário, não é aberto ao público (é necessária uma senha para acessá-lo, disponível apenas para o Judiciário e o Legislativo) . O argumento da transparência é falso, trata-se de uma centralização das decisões e informações. O mesmo governo que se declara a favor da transparência não publicou a previsão e a arrecadação do ICMS dos meses de março e abril, argumento dado para a não definição do reajuste salarial dos servidores. E mais, queremos que o destino das verbas seja definido não somente por uma minoria de professores, como é hoje, mas democraticamente, pela comunidade universitária em diálogo com a população, para que não esteja de acordo somente com os interesses de uma minoria.

Combatemos a concepção que trata como “privilégios” direitos sociais inalienáveis, como educação, saúde e previdência. O resultado deste processo é que direitos sociais que deveriam ser garantidos para todos são transformados em mercadoria que só alguns podem adquirir. É por isso que dizemos à população que o discurso do governo “contra o elitismo da Universidade” é oportunista. Não somos nem “privilegiados” nem “corporativistas” . Defendemos a universidade dos ataques que vem sofrendo e lutamos para transformá-la, para que seja de fato pública, tanto em seu acesso e permanência à população que mais necessita, quanto no caráter do conhecimento nela produzido. É por isso que chamamos a sociedade para lutarmos juntos pela real democratização das Universidades Públicas.

Estão agendadas duas reuniões para hoje (21/05/2007) : uma com a reitoria e outra chamada pelo Comandante da Tropa de Choque da Polícia Militar. Frente a isso, declaramos que:

1 – Apoiados por professores, pela Assembléia de estudantes e de funcionários da USP, dentre outros segmentos da sociedade civil, diversas Universidades e movimentos sociais reiteramos nosso repúdio a qualquer punição, seja ela de caráter administrativo ou judicial, contra qualquer integrante do movimento de ocupação da reitoria da USP, sobre o qual recaia qualquer implicação processual em razão deste movimento político.

2 – Com relação à reunião com a PM: o que está sendo proposto não se trata de uma negociação. A única negociação possível é com a reitoria. Defendemos a autonomia da Universidade e negociar com a PM seria um ataque a esta autonomia que estamos defendendo. Por isso, não participaremos da reunião e mandaremos apenas representantes jurídicos para entregar oficialmente este comunicado e defender nosso movimento e nossas reivindicações. É importante lembrar que reintegrações de posse com uso de força policial não ocorrem na USP desde os obscuros anos da ditadura militar, quando centenas de pessoas foram presas e torturadas por lutar pela democracia na Universidade e no país. Não vamos compactuar com uma intervenção que reinstitui práticas ditatoriais e, se houver uso da força policial, resistiremos.

3 – Com relação à negociação com a reitoria e nossa pauta: sempre estivemos abertos à negociação, por isso aceitamos a reunião proposta para hoje, às 8h30. Esperamos que a reitoria avance no atendimento às nossas reivindicações, que não são somente moradia e autonomia como a imprensa tem veiculado. Temos uma pauta com 17 pontos, que segue em anexo. Esperamos que a reitoria avance com relação à proposta do dia 08/05, já rejeitada em Assembléia Geral do Estudantes da USP, que contou com mais de 2000 estudantes. Como nossas decisões são feitas democraticamente em fóruns de participação direta, a avaliação do resultado desta reunião será feita na próxima Assembléia Geral dos Estudantes da USP, a se realizar no dia 22 de maio, às 18h, em frente à reitoria.

4 – Chamamos toda a população a participar das nossas atividades, pois nossa luta é em defesa da educação pública. Haverá um ato público no dia de hoje, às 14h, em frente à reitoria, contra a repressão policial e em defesa da educação pública, para o qual chamamos todos os trabalhadores, estudantes, intelectuais, parlamentares, sindicatos, organizações políticas e movimentos sociais, para defendermos a legitimidade da nossa luta. Será realizada no dia 22/05 a Assembléia Geral dos Estudantes da USP. E no dia 23/05, quando nossa greve se fortalecerá com a entrada de outros setores das universidades, nos somaremos ao Dia Nacional de Lutas em defesa dos direitos sociais, com um ato no MASP (Av. Paulista), às 14h.

Contamos com o apoio dos que se o opõem à repressão e defendem uma educação pública, gratuita e de qualidade para todos.

Mais informações em: http://ocupacaousp.noblogs.org/

segunda-feira, 14 de maio de 2007

SOCIOLOGIA E FILOSOFIA NO ENSINO MÉDIO

CONVOCATORIA

Recife, 14 de maio de 2007

Sociólogos, estudantes de Ciências Sociais e licenciados em Filosofia interessados na implementação da Resolução do CNE/CEB n. º 4 de 16 de agosto de 2006 que estabelece a obrigatoriedade da inclusão das disciplinas de sociologia e Filosofia no Ensino Médio do sistema educacional brasileiro, compareçam a assembléia marcada para esta quarta-feira, dia 16 de maio, às 19h, na Faculdade de Direito do Recife.

Pauta:

Informações gerais sobre a lei federal.
Encontro nacional em São Paulo.
Relatório sobre a primeira audiência com a secretaria.
Eleição dos representantes que serão indicados para acompanhar as decisões da Secretaria de Educação de Pernambuco em tudo que se referir à matéria.




Atenciosamente;

Movimento pró Sociologia e Filosofia no Ens.Médio

segunda-feira, 7 de maio de 2007

SEMANA DO CALOURO - CIÊNCIAS SOCIAIS UFPE


Semana do Calouro
"Ciências Sociais UFPE"

DACS- Diretório Acadêmico de Ciências Sociais
Gestão “Na Trincheira e Na Poesia”




“APRESENTAÇÃO DO CURSO DE CIÊNCIAS SOCIAIS”
Participantes:
Ricardo Santiago (Coodenador do curso e Professor de Sociologia)
Ernani Carvalho (Professor Ciência Política)
Lady Selma (Professora Antropologia)
Representante DACS
Representante PET

Terça, 08/05/2007
Tarde (17h às 19h)
Local: Sala de aula do 1º período

Em seguida: Chá da tarde no DACS, 2º andar do CFCH


“O PAPEL E A FUNÇÃO SOCIAL DA UNIVERSIDADE”
Debatedores:
Michel Zaidan (Cientista Político)
Evson Malaquias (Professor do Centro de Educação)

Sexta, 11/05/2007
Tarde (16h às 18h)
Local: Sala de aula do 1º período



INDICAMOS:


“DEBATE: CANDIDATOS A REITOR DA UFPE”

Terça, 08/05/2007
Manhã (9h às 12h)
Local: Teatro da UFPE - Centro de Convenções
REALIZAÇÃO: ADUFEPE e SINTUFEPE


“DEBATE ENTRE CANDIDATOS ÀS ELEIÇÕES DA UFPE”

Composição da mesa: Candidatos, mediador e Comissão Eleitoral

Quarta, 09/05/2007
Manhã (9h às 12h)
Local: Auditório do CFCH