terça-feira, 21 de agosto de 2007

Movimentos sociais organizam Jornada Nacional em Defesa da Educação

Movimentos sociais organizam Jornada Nacional em Defesa da Educação

Através de uma ação conjunta, os movimentos sociais do campo e da cidade do estado e do país, trazem reivindicações em favor de um projeto de educação popular e democrático.
Dezenas de movimentos sociais do campo e da cidade organizam, desde o dia 20 até o dia 24 de agosto, a Jornada Nacional de Lutas em Defesa da Educação Pública. A ação acontece em diversas capitais e cidades do país. Em Pernambuco, serão realizadas atividades nas Gerencias Regionais de Educação (GERES) nos municípios do interior do Estado, além de debates e mobilizações nas universidades, ao longo de toda a semana. A jornada tem como objetivo impulsionar as discussões sobre um projeto de educação de caráter popular e democrático, além de propor alternativas concretas para a superação do problema que a educação enfrenta hoje no estado e em todo o país.
Grande ato público - Para esta quarta-feira, dia 22, os movimentos sociais que participam da Jornada, ocuparão as ruas da cidade do Recife em um grande ato público em defesa de uma educação de qualidade. A concentração do ato será em frente ao prédio da Celpe, na Avenida João de Barros, a partir das 14h. Os participantes seguirão pela Rua do Príncipe, passando pela Rua do Hospício, Conde da Boa vista e chegarão até o Palácio das Princesas, onde entregarão ao Governo do Estado um documento contendo 18 pontos de reivindicação nacional que dizem respeito ao ensino em todos os níveis na cidade e no campo, além de outras exigências específicas da educação em Pernambuco.
O ato público também acontece em mais 18 capitais e diversas cidades do Brasil. No Estado, a Jornada foi construída em conjunto pela juventude de diversos movimentos sociais do campo e da cidade, como o Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra (MST), a Comissão Pastoral da Terra (CPT), organizações estudantis como a Conlute, UNE, UBES, UESPE e demais movimentos populares que atuam em devesa da educação pública em Pernambuco.
Reivindicações - O documento elaborado traz, como um dos pontos de reivindicação, um maior envolvimento da sociedade brasileira na formulação do novo Plano Nacional de Educação, o PNE, e o aumento do investimento público na educação pública para 7° do Produto Interno Bruto (PIB). Este recurso foi previsto no PNE atual, mas a redação aprovada pelo Congresso, em 2001, sofreu vetos do então presidente Fernando Henrique Cardoso, que teve como conseqüência a redução dos recursos para 4% do PIB e atualmente os investimentos não passam dos 3,5% do PIB o que representa um dos menores investimentos em educação na América Latina. Passe livre e assistência estudantil, regulamentação do ensino privado, construção e melhoria das escolas do campo em áreas de assentamentos da Reforma Agrária, erradicação do analfabetismo e garantia do acesso da classe trabalhadora à educação pública também são elementos defendidos pelos movimentos, que estão contidos no documento.
Serviço:

O que? Jornada Nacional de Lutas em Defesa da Educação Pública
Quando? De 20 a 24 de agosto
Onde? Em 18 capitais e diversas cidades do país. Em Recife e em vários municípios de PE.
Ato em defesa da educação publica

Quando?
Quarta-feira, dia 22, a partir das 14h.
Onde? Concentração em frente à Celpe, na Avenida João de Barros
Jornada Nacional de Lutas em Defesa da Educação Pública

1-Pela erradicação do analfabetismo;
2- QUEREMOS ESTUDAR: garantia do acesso da classe trabalhadora a educação publica de qualidade e socialmente referenciada em todos os níveis.Fim do vestibular e dos processos excludentes de seleção para ingresso;
3-Implementação de políticas de ações afirmativas capazes de reverter o processo histórico de exclusão, com gratuidade ativa e políticas de assistência estudantil para garantir a permanência;
4- Ampliação do investimento público da educação pública para no mínimo 7% do PIB;
5- Em defesa da expansão de vagas com garantia de qualidade e abertura de concursos para professores e técnico-administrativos e infra-estrutura adequada;
6- Autonomia das universidades frente as ingerências de governos e mantenedoras;
7- Em defesa de uma formação universitária baseada no tripé ensino, pesquisa e extensão e contra a mercantilização da educação e da produção do conhecimento;
8- Por uma avaliação institucional de educação superior socialmente referenciada, com participação dos estudantes, profissionais da educação e movimentos sociais, sem caráter produtivista, meritocrático e punitivo;
9- Gestão democrática, com participação paritária de estudantes, técnico-administrativos e docentes em todos os níveis de decisão das instituições e sistemas de ensino;
10- Controle público do ensino privado em todos os níveis. Pelo padrão unitário de qualidade na educação. Pela redução das mensalidades e contra punição dos inadimplentes;
11- Garantia da livre organização sindical e estudantil, em especial, nas instituições privadas. Em defesa do direito a greve;
12- Por um sistema nacional de educação que impeça a fragmentação entre os diversos níveis e garanta a obrigatoriedade no ensino médio publico;
13- Contra a privatização do ensino público e dos hospitais universitários, seja por meio das fundações privadas seja pela aprovação do projeto de criação de fundações estatais;
14- Pela garantia dos direitos conquistados pelos professores e técnico-administrativos das instituições públicas, contra o Projeto de Lei Complementar – PLP 01;
15- Pelo Passe Livre Estudantil financiado pelo lucro das empresas de transportes;
16- Em defesa de um piso salarial nacional para os trabalhadores da educação calculado pelo DIEESE para a jornada de 20 horas;
17- Pela derrubada dos vetos ao PNE 2001. Pela construção coletiva do novo PNE da sociedade brasileira que atenda as reivindicações históricas da classe trabalhadora;
18- Pela imediata implantação da lei 10.639 /2003em todos os níveis educacionais;
19- Contra o aumento abusivo das mensalidades nas instituições de ensino privado e pela prestação de contas semestral.
20- Pela melhoria da estrutura física das escolas e universidades públicas e das condições de trabalho dos professores;
21- Contra a perseguição políticas aos ativistas dos movimentos sindical, estudantil e social;
22- Construção e melhoria das escolas do campo em áreas de assentamentos da Reforma Agrária;
23- Viabilização de recursos para o ensino médio e superior para a juventude do campo – por meio do PRONERA.

Nenhum comentário:

Postar um comentário